Internet das Coisas (IoT)
Promove uma atuação mais ágil e inteligente, criando novas formas de gerar valor ao negócio.
A plataforma dojot e os 10 princípios da “cidade como plataforma”
Por Rodney Nascimento e Maurício Casotti
Recentemente, eu e o Maurício Casotti publicamos o artigo “A cidade como plataforma digital: um caminho para mudar a realidade dos municípios brasileiros”, onde apresentamos o conceito, as motivações e os possíveis benefícios de orientar as iniciativas de cidades inteligentes para o contexto de plataforma.
Agora, o TM Forum – associação global e sem fins lucrativos, com mais de 850 associados atuantes na área de TIC – apresentou um manifesto que defende o conceito da “cidade como plataforma”, durante o evento Smart City InFocus 2017, na cidade de Yinchuan, na China.
Smart City InFocus 2017
Na ocasião do evento, mais de 40 entidades assumiram o compromisso com o manifesto, entre elas estavam representantes de várias cidades do mundo (Medellín, Dublin, Miami, Los Angeles, Wellington, Liverpool e Chicago), empresas de tecnologia (Orange, a Tele2, Indra, Siemens e NEC) e associações e instituições internacionais (FIWARE Foundation, Fraunhofer, Future Cities Catapult e Leading Cities).
No centro desse entendimento, estão dez princípios que deverão orientar a criação das plataformas digitais, integrando os setores público e privado, com vistas à criação de uma economia digital próspera, sustentável e inclusiva. Ao compreender e aplicar os princípios de modelos de negócio de plataformas, as cidades podem se tornar hubs de conhecimento e centros de inovação.
Sobre o manifesto
Os 10 princípios do documento intitulado “City as a Platform Manifesto” determinam que as plataformas urbanas digitais devem:
1. Providenciar serviços que melhorem a qualidade de vida nas cidades, beneficiando os residentes, o ambiente e ajudando a encurtar a desigualdade digital;
2. Promover a colaboração entre stakeholders privados e públicos em ecossistemas digitais;
3. Apoiar os princípios da economia compartilhada e da economia circular;
4. Proporcionar condições para que as “startups” e as empresas locais inovem e prosperem;
5. Reforçar a segurança e a privacidade de dados confidenciais;
6. Informar as decisões políticas e oferecer mecanismos para que os cidadãos tenham como manifestar sua opinião;
7. Envolver os governos locais na governança e na curadoria;
8. Ter como base os padrões abertos, as boas práticas da indústria e APIs abertos, promovendo uma abordagem neutra de fornecedor e facilitando a interoperabilidade entre diferentes soluções;
9. Criar condições para que cidades de todos os tamanhos possam fazer parte da crescente economia de dados;
10. Contribuir para “tornar as cidades e as comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, conforme preconizado pelas Nações Unidas.
A plataforma dojot habilitando a inovação aberta e o empreendedorismo nas cidades
Dojot é uma plataforma IoT brasileira, resultado de um projeto de inovação aberta desenvolvido pelo CPqD em parceria com outras instituições, empresas e órgãos públicos e privados interessados em soluções IoT.
Ela foi desenvolvida em total sintonia com o conceito de “cidades como plataforma”. A partir de uma proposta open source, a dojot possibilita que o desenvolvimento de soluções seja mais fácil, ágil e seguro, condições essenciais para fortalecer o ecossistema local das cidades brasileiras. Dessa forma, a plataforma assume um papel habilitador com:
APIs abertas,t tornando o acesso fácil das aplicações aos recursos da plataforma;
Armazenamento de grandes volumes de dados em diferentes formatos;
Conexão e coleta de dados de dispositivos;
Construção de fluxos de dados e regras de forma visual, permitindo a rápida prototipação e validação de cenários de aplicações IoT;
Processamento de eventos em tempo real aplicando regras definidas pelo desenvolvedor.
A combinação do uso de padrões abertos e otimizados com técnicas de prototipação rápida – para construção de MVP – traz uma série de benefícios para os desenvolvedores e usuários da plataforma dojot.
No caso específico das cidades, essas vantagens se refletem no aumento da oferta de aplicações, que podem ser criadas rapidamente por startups ou empresas locais, a partir de MVPs gerados com a dojot e aprovados pelo gestor público – ou outro interessado na solução. E essa solução ganha poder replicador com a plataforma, podendo ser facilmente adaptada para outras cidades.
Entre para a comunidade dojot #pratiqueIoT
Lançada em setembro, durante o evento IoT Latin America 2017, a comunidade dojot já nasceu com uma série de instituições apoiando e endereçando projetos com a plataforma, tanto empresas (Splice, Taggen, Exati, Icatel e Tropico) como representantes da academia e ICTs (Facens, Centro Universitário Newton Paiva e Instituto Atlântico). Desde então, o código da plataforma open source dojot já está disponível para uso e começa a ganhar suas primeiras adesões.
A IMA – Informática de Municípios Associados, em parceria com a Associação Paulista de Municípios, firmou um convênio com o CPQD, segundo o qual deverá adotar a plataforma dojot como base para a implantação do conceito de cidade inteligente nos municípios do estado de São Paulo.
Ela também foi utilizada, por exemplo, no desenvolvimento de aplicações para o Grupo São Martinho (um dos maiores do setor sucroalcooleiro no país), com o qual o CPqD vem conduzindo o projeto AgroTICs, que prevê a implantação do conceito de Internet das Coisas no setor de agronegócios.
Ao mesmo tempo, também vem crescendo o interesse e a adoção da dojot pela comunidade de desenvolvedores. Como em qualquer iniciativa open source, a colaboração entre os usuários da dojot será fundamental para o processo de desenvolvimento e evolução. Um exemplo de engajamento com a dojot e colaboração com a comunidade é o vídeo compartilhado pelos colegas da FazerLab Tecnologia: “IoT com Arduino e plataforma Dojot”. Nós, envolvidos e apaixonados pelo projeto dojot, agradecemos!
Acesse você também o portal da comunidade dojot.
Lá, você encontrará as instruções de como baixar o código da plataforma, a documentação sobre como utilizar os componentes e a interface, vídeos explicativos e tutoriais.
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