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2 de setembro de 2021

Projeto +Vida integrará diversas tecnologias em plataforma inteligente para o monitoramento de idosos frágeis

Desenvolver e validar uma plataforma inteligente para o monitoramento remoto e a gestão do autocuidado de idosos frágeis, que possuem doenças crônicas. Esse é o objetivo do projeto +Vida, que vem sendo desenvolvido pelo CPQD em parceria com as empresas Conexões, Assessoria e Consultoria em Saúde e Vida Soluções – e que, com o apoio de recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), está entrando em uma nova fase.

“O número de casos de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão por exemplo, vem aumentando cada vez mais no mundo, sendo um dos principais desafios enfrentados na área de saúde”, afirma Antonio Jorge de Souza Marques, médico psiquiatra e sanitarista, ex-gestor de saúde e diretor da Conexões Consultoria. “Nesses casos, o autocuidado do paciente é fundamental e precisa ser apoiado por um plano individualizado e uma estratégia de acompanhamento, via monitoramento”, acrescenta.

A solução que está sendo desenvolvida com o CPQD, atualmente em fase de protótipo,  tem foco no monitoramento de idosos com doenças crônicas. Entre as funcionalidades já disponíveis, destacam-se o sistema web de backoffice, para atendimentos de rotina e de emergência, e aplicações móveis (para smartphones e tablets) voltadas ao acompanhamento do plano de cuidados, pelo próprio idoso e seus familiares/cuidadores, e ao registro dos parâmetros de saúde coletados manual ou automaticamente, por meio de dispositivo vestível (pulseira inteligente).

Na nova fase, chamada projeto +Vida, tecnologias de Internet das Coisas (IoT), de Inteligência Artificial (IA) e de assistentes virtuais serão incorporadas à solução com o objetivo de melhorar o monitoramento remoto e dar mais eficiência à gestão dos dados coletados. “A ideia é automatizar as medições cada vez mais, integrando novas pulseiras inteligentes, balança digital, biossensores e outros dispositivos vestíveis, e desenvolver algoritmos de IA capazes de fazer predições com base nas informações disponíveis”, revela Marques.

Segundo Norberto Alves Ferreira, gerente de Soluções Sistêmicas de IoT e IA do CPQD, a ampliação dos tipos de sensores e wearables integrados à plataforma permitirá monitorar uma quantidade maior de parâmetros de saúde do idoso – além da frequência cardíaca, pressão arterial, glicemia, oxigenação sanguínea, qualidade do sono e contagem de passos monitorados na fase atual. Já a geração de modelos de predição, por meio de técnicas de IA, tem como objetivo antever situações que possam comprometer a saúde e a qualidade de vida do paciente.

“Os dados coletados irão para o middleware IoT desenvolvido pelo CPQD (a plataforma dojot), ficando disponíveis para a interpretação dos algoritmos e as aplicações de IA que poderão, por exemplo, apresentar sugestões de condutas para médicos e pacientes”, explica Ferreira. Também está prevista no projeto – que tem duração de 18 meses – a integração à solução de um assistente virtual baseado em diálogo por voz. “Essa forma natural de interação deverá facilitar o uso da solução pelos idosos, aumentando o seu engajamento ao tratamento”, conclui.

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